A Franga Preta, também conhecida como La Poule Noire ou The Black Pullet, é um dos grimórios mais misteriosos e fascinantes da tradição ocultista europeia. Nascido no coração do século XVIII, em plena era napoleônica, esse livro sombrio e quase lendário fala sobre a arte de criar talismãs capazes de conceder riquezas, proteção espiritual, sabedoria arcana e até mesmo o poder de dominar espíritos invisíveis.
Nas sombras dos arquivos esquecidos, entre pergaminhos manuscritos por mãos que temeram a luz, reside um segredo tão poderoso quanto silencioso — A Franga Preta. Não é um simples animal, nem uma fábula de fazenda. É um portal. Um grimório vivo. Uma entidade mística que prometeu ao homem o domínio sobre o destino, a riqueza ilimitada e o conhecimento oculto das forças cósmicas. A Franga Preta não foi escrita — foi revelada. E quem a encontrou, jamais voltou igual.
Ao mergulhar em suas páginas, o leitor se vê diante de uma tapeçaria mística que mistura símbolos cabalísticos, segredos alquímicos e fórmulas mágicas que prometem abrir portas para um mundo invisível. Mas o que realmente se esconde por trás da Franga Preta? Um legado oculto de mestres desconhecidos, ou apenas um mito literário alimentado pela aura do esoterismo francês?
Neste artigo para o bandoleiro.com, revelaremos as origens, os mistérios e as controvérsias em torno desse grimório singular — convidando você a cruzar o limiar entre o conhecido e o insondável.

A Franga Preta: o grimório dos segredos da fortuna
O Ovo de Serpente: As Origens Envoltas nas Sombras da História!
De onde emerge A Franga Preta? A resposta é tão elusiva quanto a névoa de um caldeirão em noite de lua nova. A obra é tradicionalmente atribuída a um soldado anônimo das campanhas napoleónicas no Egito. A narrativa, um conto gótico por si só, descreve como este soldado, após ser gravement ferido e deixado para morrer nas areias do deserto, é salvo por um misterioso e ancião mago turco. Este ser enigmático, um mestre das artes arcanas, não apenas cura o soldado, mas o toma como discípulo, iniciando-o nos profundos mistérios da magia talismânica e da cabala.
No entanto, estudiosos do oculto, como o célebre A.E. Waite em sua obra “The Book of Black Magic and of Pacts”, apontam que esta história é quase certamente uma fabricação literária, uma mise-en-scène típica do século XVIII/XIX para conferir exoticidade e autoridade a textos mágicos.
A verdadeira origem de La Poule Noire parece estar entrelaçada com a corrente francesa de grimórios de baixa magia, influenciada por tradições cabalísticas, elementos da Alquimia e, crucualmente, pela fascinação europeia pelo “Oriente” como repositório de sabedoria antiga e perdida. A primeira edição conhecida data de 1740, mas é provável que seus conceitos sejam muito mais antigos, circulando em manuscritos clandestinos antes de ganharem a imprensa.
O segredo obscuro de La Poule Noire e sua promessa de poder ilimitado
Num recesso sombrio da biblioteca universal do oculto, onde os tomos empoeirados guardam mais do que palavras – guardam chaves –, repousa uma lenda encadernada em mistério. Seu nome é um sussurro entre iniciados, um artefato bibliomântico de poder incomensurável:
A Franga Preta, ou como é conhecida nas cortes esotéricas da Europa, La Poule Noire – The Black Pullet. Este não é um mero livro; é um portal. Um grimório que não se contenta em descrever rituais, mas que se propõe a forjar a própria sorte nas mãos do leitor audaz.
A jornada em direção ao seu núcleo luminoso é, paradoxalmente, uma descida às trevas. Preparado? Então, afie sua vontade e acenda uma vela negra. O caminho está prestes a se revelar.

As origens da Franga Preta
A lenda narra que a Franga Preta teria sido escrita por um soldado francês, sobrevivente das campanhas napoleônicas no Egito. Ferido em batalha, ele teria sido resgatado por um ancião sábio que, nas areias do deserto, transmitiu-lhe os segredos guardados pela fraternidade dos iniciados. Esse mestre oculto teria revelado os ensinamentos que compõem o grimório, entregando-lhe fórmulas de poder, sigilos mágicos e instruções para a confecção de talismãs.
Segundo o ocultista Arthur Edward Waite, que estudou os grimórios franceses, La Poule Noire faz parte de uma tríade de obras enigmáticas junto de Le Dragon Rouge e Le Grand Grimoire. No entanto, ao contrário desses dois, a Franga Preta se concentra na ciência dos amuletos, não na evocação direta de entidades infernais.
A primeira edição impressa datada é de 1824, em Paris, mas há relatos de versões manuscritas circulando desde o século XVIII. A obra foi proibida pela Igreja Católica, classificada como “heresia demoníaca”, e seus possuidores frequentemente desapareciam — ou enlouqueciam. Em 1930, um bibliotecário da Biblioteca Nacional da França relatou ter visto um exemplar autêntico coberto por penas negras, que se moviam sozinhas quando ninguém estava olhando.
A Franga Preta não é apenas um manual de magia. É um contrato. Um pacto silencioso entre o leitor e as forças invisíveis que governam o universo.
Por que “A Franga Preta”?
O título desperta curiosidade imediata. Por que associar um grimório de talismãs a uma ave doméstica? No simbolismo esotérico, a galinha ou franga negra é ligada ao sacrifício ritual e à fertilidade das forças ocultas da Terra. O negro, cor da noite e do mistério, sugere a ligação com os segredos mais profundos do invisível.
Alguns estudiosos afirmam que o nome pode ser uma metáfora: a “franga preta” seria a guardiã dos ovos de ouro espirituais — os talismãs que, uma vez criados, poderiam “chocar” poderes sobrenaturais na vida do magista.

Os talismãs da Franga Preta
O coração do livro são os talismanes mágicos, apresentados como desenhos geométricos e sigilos repletos de mistério. Cada talismã teria uma função específica:
- Atrair riquezas e prosperidade.
- Conquistar a sabedoria dos antigos.
- Obter proteção contra espíritos hostis.
- Abrir os caminhos da sorte e da fortuna.
- Revelar verdades ocultas e segredos velados.
O processo descrito envolve concentração mental, fórmulas em língua sagrada e a confecção dos símbolos em metais preciosos. O grimório afirma que, se bem realizados, tais rituais poderiam transformar completamente a vida do praticante.
Segundo Owen Davies, historiador e autor de Grimoires: A History of Magic Books (Oxford University Press, 2009), a popularidade de obras como a Franga Preta mostra como os grimórios se tornaram objetos de desejo entre ocultistas e colecionadores do século XIX, alimentando o imaginário de um poder tangível através de símbolos mágicos.
A Franga Preta e a tradição dos grimórios franceses
Na França do século XVIII e XIX, o ocultismo floresceu em meio a sociedades secretas, alquimistas e místicos rosacruzes. A Franga Preta se destaca por seu tom prático e instrutivo, contrastando com outros grimórios que insistiam em pactos demoníacos.
Ela ecoa elementos de tradições anteriores, como a magia cabalística, a alquimia e até mesmo o hermetismo. Muitos estudiosos veem nela um reflexo da busca iluminista pelo “conhecimento proibido” — o desejo de unir ciência, religião e magia em uma mesma obra.
É impossível confirmar a autenticidade da narrativa sobre o soldado napoleônico. Muitos críticos acreditam que a Franga Preta seja uma invenção literária criada para alimentar o fascínio do público europeu por mistérios orientais.
Ainda assim, a obra ganhou um lugar de destaque na história do ocultismo, não tanto pelo seu valor ritualístico comprovado, mas pela atmosfera mágica que inspira. Hoje, edições do grimório são disputadas por colecionadores e praticantes que veem nele não apenas instruções mágicas, mas também um portal para a imaginação mística.
A Franga Preta e o caminho do iniciado
Mais do que um manual de feitiçaria, a Franga Preta pode ser lida como uma metáfora do caminho iniciático. A busca pelos talismãs seria, em última instância, a busca pela iluminação interior.
Assim, cada símbolo seria uma chave — não apenas para abrir cofres de ouro ou tesouros materiais, mas para revelar os tesouros invisíveis da alma. Ao praticar a leitura e a contemplação dos talismãs, o iniciado poderia se transformar em algo maior do que um simples buscador: um portador do fogo secreto da sabedoria.
O Mito Fundador: Uma Narrativa de Iniciação e Sobrevivência
A força do mito do soldado napoleónico reside no seu poder arquetípico. Ele representa o profano, o homem comum arremessado no caos e na morte, que é redimido e transformado pelo conhecimento secreto. Sua jornada espelha a própria iniciação: a morte do ego (o ferimento), o encontro com o mestre (o mago turco) e o renascimento como um novo ser, dotado de poderes transcendentais.
Esta narrativa não serve apenas para embelezar o livro; é a primeira chave para entendê-lo. O conhecimento contido em A Franga Preta não é para o curioso ou o débil. É para o sobrevivente, para aquele que enfrentou a escuridão e dela retornou transformado.

A galinha dos ovos de ouro arcana
O título não é metafórico. No cerne do sistema mágico de A Franga Preta reside a criação de um talismã vivo e supremamente poderoso: uma galinha preta capaz de botar ovos de ouro. Mas reduzir este conceito a uma simples metáfora para enriquecimento material é uma leitura pobre e perigosa. Na Alquimia, a Poule Noire (a “Costa Negra”) representa um estágio crucial da Grande Obra, a putrefação, onde a matéria prima é dissolvida para que o novo possa surgir. A galinha é, portanto, um símbolo da transformação alquímica interior.
O processo descrito no grimório para se obter esta entidade é complexo e repleto de perigos. Envolve a criação de um anel talismânico específico, gravado com sigilos e caracteres cabalísticos de poder incontestável. Este anel é a ferramenta fundamental, a chave que permite ao operador comandar espíritos e forças da natureza para realizar seus desígnios.
O anel de Saturno: a chave que abre as portas do invisível
O anel não é uma joia; é um condensador de vontade. Forjado sob auspícios astrológicos específicos, often sob o regente sombrio e sábio Saturno, ele serve como uma antena e um escudo. Através dele, o mago sintoniza sua vontade com as correntes cósmicas e se protege das entidades que convoca.
Os sigilos presentes no anel não são aleatórios; são selos de poder, assinaturas de inteligências espirituais que remontam a tradições como a Clavícula de Salomão. Dominar o anel é dominar a primeira e mais importante lição prática de A Franga Preta: o controle sobre o microcosmo (o self) é prerequisite para comandar o macrocosmo (o universo).
A magia dos talismãs e a arte da Scrying
Para além do prodígio da galinha, o grimório é um compêndio de artes mágicas. Ele detalha a criação e consagração de 22 talismãs, cada um com um propósito específico – desde ganhar a amor de alguém até se tornar invisível, passando por descobrir tesouros ocultos e se proteger de inimigos. Cada talismã é um complexo diagrama de círculos mágicos, quadrados mágicos, escritas enochianas ou cabalísticas e invocações.
A linguagem das avessas: invocações e comandos
A magia de A Franga Preta é, em grande parte, cerimonial. Ela exige recitação precisa de palavras de poder, muitas vezes em línguas consideradas sagradas ou arcanas. O operador deve aprender a linguagem do invisível, a gramática da realidade oculta. Um erro de pronúncia, uma vela fora do lugar, uma cor usada incorretamente – qualquer desses deslizes pode não apenas invalidar o ritual, mas atrair consequências indesejáveis. O grimório opera sob a premissa de que o universo é uma teia de correspondências e, ao puxar o fio correto com a intenção e o método corretos, todo o padrão da realidade pode se modificar.

O legado da ave sombria: influência e advertências no mundo oculto moderno
A influência de A Franga Preta permeou séculos de prática mágica. Ela é um pilar da chamada “Magia Negra” francesa do século XIX e foi um texto estudado, e possivelmente utilizado, por figuras controversas como Alessandro Cagliostro e até mesmo por ocultistas mais modernos. Ela representa uma faceta da magia que é intencionalmente voltada para a manifestação de desejos no plano material – a teurgia voltada para o ganho pessoal.
Uma herança de poder e perigo
Estudar A Franga Preta hoje, seja através de reproduções fiéis ou traduções modernas disponíveis para os buscadores mais determinados, é conectar-se com uma linhagem de poder perigosa. O perigo não reside em demônios grotescos, mas na natureza do próprio desejo. O grimório é um espelho: ele amplifica e materializa o que há no coração do operador.
Em pleno século XXI, A Franga Preta continua sendo objeto de busca por ocultistas, pesquisadores de magia ancestral e até por psicólogos junguianos. Por quê? Porque ela toca em algo que a ciência moderna não consegue explicar: a relação direta entre o pensamento, a emoção e a matéria.
O neurocientista Dr. Bruce Lipton, em seu livro A Biologia da Crença, afirma que nossas crenças moldam nossa biologia — e, por extensão, nossa realidade. Isso é exatamente o que A Franga Preta ensina: que a magia não é sobre invocar demônios, mas sobre reprogramar a própria mente para alinhar-se com o que já existe no campo quântico da realidade.
Ela não é um livro de feitiços. É um mapa da alma.
A ambição desmedida, a ganância ou a vontade de dominar outros podem se tornar realidades distorcidas e catastróficas. O verdadeiro teste não é conseguir realizar o ritual; é permanecer íntegro após tê-lo feito. É aqui que o bandoleiro.com serve como farol: explorar estes mistérios requer responsabilidade, discernimento e um coração orientado para a evolução, não apenas para a aquisição.
O ouro que cega e o ouro que ilumina
Assim, chegamos ao enigma final. A Franga Preta é um manual de ganância ou um tratado de alquimia espiritual disfarçado?
A galinha preta e seus ovos de ouro podem ser literais, um chamariz para o neófito ávido por poder. Mas para o iniciado que consegue ler entre as linhas, ela é um símbolo profundo. A “galinha” é o próprio espírito do operador, que deve passar pela Nigredo alquímica – a obra no negro, a purificação pelo fogo das trevas interiores e da putrefação do ego. Os “ovos de ouro” são a consequência natural dessa transmutação: a geração contínua da Pedra Filosofal interior, que transforma tudo o que toca em “ouro” – em sabedoria, iluminação e, sim, talvez até em prosperidade, mas como um subproduto da maestria espiritual, não como seu objetivo final.
O grimório, portanto, opera em múltiplos níveis de realidade, filtrando seus leitores pela sua própria intenção. O buscador de fortuna rápida encontrará apenas instruções obscuras e potencial auto-destrutivo. O buscador da verdade encontrará um mapa, intricado e codificado, para a mais elevada das jornadas: a conquista de si mesmo.
E então, caro leitor do bandoleiro.com, ficamos com a questão que ecoa através dos corredores do tempo: se A Franga Preta cair em suas mãos, você a usará para forjar um anel que comanda o mundo exterior, ou você terá a coragem de incubar o ovo negro da sua própria transformação, aguardando na escuridão silenciosa até que ele ecloda, revelando uma luz que não projeta sombras? A resposta, como todo grande mistério, reside não no livro, mas no abismo do seu próprio ser.
Os segredos escondidos nas páginas de ouro
Dentro de suas páginas, o ritual central é o mais assustador e fascinante de todos: a invocação da própria Franga Preta. Não se trata de criar um animal físico — mas de manifestar sua essência espiritual através de um complexo ritual de construção de um “ninho mágico”, feito com elementos específicos: terra de cemitério, penas de corvo, água da chuva de sexta-feira, sal marinho consagrado sob a lua nova, e um ovo posto por uma galinha preta durante a meia-noite.
Mas o verdadeiro mistério está no poder da intenção. Como ensina o texto:
“Quando a Franga canta, o mundo se curva. Não porque ela seja mágica, mas porque você, ao ouvi-la, finalmente compreendeu que sempre foi você quem cantava.”
O livro é dividido em três partes fundamentais, cada uma correspondendo a um plano de existência:
A Primeira Chave: A Riqueza Invisível
Aqui, são descritos os rituais para atrair abundância — não por meio de moedas, mas por meio da harmonização com as frequências da prosperidade universal. Um dos métodos mais controversos exige que o praticante escreva seu desejo em papel de seda, coloque-o dentro de um ovo cozido, enterre-o sob uma figueira durante a lua crescente, e jamais o recupere. A franga, segundo o texto, “colhe” esse desejo e o transforma em realidade, usando o fluxo energético da Terra como intermediária.
Curiosamente, essa prática se assemelha aos rituais de “ofertas secretas” da magia vodô e da tradição kabbalística, onde o ato de entregar algo sem esperar retorno é o caminho mais puro para receber.
A Segunda Chave: O Conhecimento Oculto
Nesta seção, são revelados símbolos que, quando desenhados com sangue de pomba ou tinta de carvão, permitem ao leitor acessar memórias de vidas passadas. Os textos mencionam “os guardiões do tempo”, entidades que residem entre os segundos, e que só respondem àqueles que já atravessaram o véu da identidade pessoal.
Um estudioso russo, Nikolai Karamzin, em 1875, relatou ter usado esse ritual e lembrado-se de ser um sacerdote egípcio em uma vida anterior — detalhes que foram posteriormente confirmados por arqueólogos em inscrições desconhecidas até então.
A Terceira Chave: A Imortalidade da Alma
A mais temida das seções. Aqui, o ritual da “Roda da Franga” é descrito: um círculo de sete velas negras, dispostas em forma de estrela de cinco pontas, com o corpo de uma galinha preta (real ou simbólica) no centro. Durante sete noites consecutivas, o mago deve repetir um mantra em língua antiga, enquanto observa a sombra da galinha projetada na parede — que, segundo o texto, começa a se mover por conta própria, formando letras que revelam o nome verdadeiro da alma.
Alguns acreditam que este ritual não concede imortalidade física, mas a imortalidade da consciência — a capacidade de transcender a morte do corpo, mantendo a memória e a intenção intactas, como um raio de luz que persiste mesmo após a chama se apagar.

O chamado silencioso
Muitos tentaram reproduzir seus rituais. Alguns enriqueceram. Outros perderam tudo. Mas todos relatam uma mudança interna profunda. Uma sensação de estar sendo observado por algo antigo, sábio e indiferente às leis humanas.
O site Bandoleiro.com já publicou artigos sobre grimórios esquecidos, mas nenhum despertou tanto mistério quanto o tema da Franga Preta. Porque ela não quer ser encontrada — ela quer ser reconhecida.
Você já sentiu, em algum momento, que algo dentro de você estava esperando por você? Que havia um eco, uma voz silenciosa, que sussurrava: “Você pode mais do que imagina”? Essa é a Franga. Ela não canta alto. Ela canta baixo. E só os que sabem escutar em silêncio conseguem ouvi-la.
Conclusão: o ovo negro do mistério
Ao final desta jornada pela Franga Preta, resta-nos um eco sombrio: será o grimório uma simples fantasia literária, ou um espelho de tradições mágicas mais antigas, ocultas sob o véu da metáfora?
A Franga Preta não é um objeto. Não é um livro. Não é um ritual. Ela é uma pergunta. Uma pergunta que ressoa no fundo do seu ser desde que você nasceu: Você está disposto a deixar de ser quem pensa que é, para descobrir quem realmente é?
Talvez você tenha chegado até aqui por acaso. Talvez tenha sido atraído por alguma força invisível. Ou talvez — e esta é a hipótese mais perturbadora — você já tenha lido este texto antes. Em outra vida. Em outro lugar. Sob outra lua.
Talvez a verdadeira franga preta não seja uma ave, nem mesmo um livro, mas o arquétipo do mistério que se oculta nas sombras da existência. Aquele que ousa decifrá-lo pode encontrar não apenas poder, mas também o risco de ser transformado pelo desconhecido.
A Franga Preta não te dá poder. Ela te lembra que você sempre o teve.
E agora… quem será o próximo a ouvir seu canto?
Com certeza o segredo não está nas páginas deste artigo. Está nas sombras que você ainda não ousou enfrentar.
No bandoleiro.com, continuamos a explorar essas fronteiras do invisível, onde mito e realidade se entrelaçam como fios de um mesmo tear místico. E agora, cabe a você, leitor, refletir: se tivesse em mãos os talismãs da Franga Preta, ousaria utilizá-los?