Os segredos sussurrados da Goetia: a arte de convocar os espíritos das trevas: Um mergulho profundo nos mistérios da magia ritualística que atravessa séculos e desafia o racional.
Há algo profundamente enigmático em folhear as páginas amareladas de um grimório antigo, onde cada palavra parece vibrar com uma energia ancestral.
Entre esses textos sagrados e proibidos, a goetia se destaca como um dos mais controversos e fascinantes. Ela é um portal para um mundo invisível, habitado por seres poderosos conhecidos como os 72 demônios do rei Salomão.
Mas o que há por trás dessa prática milenar? E por que tantos buscadores de sabedoria oculta são atraídos por seus mistérios?
No bandoleiro.com, mergulhamos nesse universo sombrio e intrigante, explorando os segredos da goetia, suas origens, práticas e influências modernas. Este artigo é um convite para você adentrar esse território onde cada invocação é uma jornada ao desconhecido, guiando você pelos labirintos do sobrenatural.
Prepare-se para uma viagem onde cada palavra é um sussurro demoníaco, ecoando através dos séculos e despertando curiosidades que poucos ousam explorar.

Os 72 espíritos selados, seus pactos perigosos e os mistérios ocultos por trás dos grimórios esquecidos
No mais profundo silêncio da noite, quando o véu entre os mundos se torna fino como o sussurro do vento, antigos nomes esquecidos ressoam em línguas proibidas.
São os demônios da Goetia, entidades enigmáticas registradas em grimórios medievais, cujos poderes encantaram e aterraram magos, alquimistas e ocultistas ao longo dos séculos.
A Goetia (parte do livro “Lemegeton Clavicula Salomonis” ou “A Chave Menor de Salomão”) lista 72 demônios que, segundo a tradição ocultista, foram invocados e controlados pelo rei Salomão.
Abaixo está a lista dos 72 espíritos da Goetia, conforme a versão mais conhecida, baseada no trabalho de S. L. MacGregor Mathers e Aleister Crowley:
Os 72 demônios da Goetia:
- Baal (Bael)
- Agares
- Vassago
- Samigina (Gamigin)
- Marbas
- Valefor
- Amon
- Barbatos
- Paimon
- Buer
- Gusion
- Sitri
- Beleth
- Leraje (Leraikha)
- Eligos
- Zepar
- Botis
- Bathin
- Sallos
- Purson
- Morax (Marax)
- Ipos
- Aim
- Naberius
- Glasya-Labolas
- Bune
- Ronove
- Berith
- Astaroth
- Forneus
- Foras
- Asmoday (Asmodeus)
- Gaap
- Furfur
- Marchosias
- Stolas
- Phenex
- Halphas
- Malphas
- Raum
- Focalor
- Vepar
- Sabnock
- Shax
- Vine
- Bifrons
- Uvall (Vual)
- Haagenti
- Crocell
- Furcas
- Balam
- Alloces
- Caim
- Murmur
- Orobas
- Gremory
- Ose
- Amy
- Orias
- Vapula
- Zagan
- Valac
- Andras
- Haures (Flauros)
- Andrealphus
- Cimejes (Cimeies)
- Amdusias
- Belial
- Decarabia
- Seere
- Dantalion
- Andromalius
Cada um desses espíritos possui rank, habilidades específicas e influências, descritas em detalhes nos grimórios tradicionais.
Alguns são considerados mais poderosos (como Belial, Astaroth e Asmodeus), enquanto outros têm habilidades mais específicas, como ensinar ciências, revelar tesouros ou provocar amor/ódio.
Cada um dos 72 espíritos da Goetia possui habilidades específicas. Alguns ensinam ciências ocultas, outros concedem riqueza, amor ou poder.
Possuem um título nobre (rei, duque, príncipe, etc.), um selo específico, e habilidades que podem ir de ensinar ciências e línguas até manipular emoções humanas, provocar visões ou controlar legiões de espíritos.
Alguns dos principais:
- Bael – o primeiro espírito listado. Rei poderoso que dá invisibilidade e fala em vozes múltiplas.
- Agares – um duque que ensina línguas, faz correr os que fogem e causa terremotos.
- Paimon – um dos mais reverenciados reis. Traz vasto conhecimento de artes ocultas e domina legiões infernais.
- Buer – ensina filosofia, ética e propriedades das ervas.
- Asmodeus – associado ao prazer, jogos e luxúria; uma figura temida e cobiçada.
- Astaroth: Relacionado à deusa Astarte, revela segredos do passado e do futuro.
Esses espíritos não são vistos apenas como entidades malignas no ocultismo tradicional — são, para muitos praticantes, chaves simbólicas para explorar o inconsciente, arquétipos de forças primordiais que devem ser tratadas com reverência e firmeza.

Os selos: linguagens secretas do outro mundo
Cada demônio da Goetia possui um selo mágico, um símbolo enigmático que representa sua essência e poder. Esses selos são usados em círculos mágicos, anéis, amuletos ou mesmo gravados em pergaminhos consagrados.
O uso inadequado ou profano desses selos pode abrir portas que o praticante não está preparado para fechar.
Segundo a tradição, é necessário também invocar os nomes de Deus (como Elohim, Adonai, Tetragrammaton) para estabelecer a autoridade espiritual e manter o controle sobre a entidade.
A origem da Goetia: entre Salomão e os grimórios proibidos
A palavra “Goetia” tem raízes gregas — goēteia, que remete à “feitiçaria” ou “mágica dos mortos”. No contexto esotérico, ela representa um ramo específico da magia cerimonial que lida com a invocação e comando de espíritos demoníacos.
No entanto, sua sistematização mais conhecida surge vinculada ao Rei Salomão, figura bíblica famosa por sua sabedoria e suposto domínio sobre entidades espirituais.
Sua origem se mistura com os mitos judaicos sobre o rei Salomão, que teria selado 72 demônios em um vaso de bronze e os compelido a servir à humanidade por meio de anéis e selos mágicos.
O grimório Lemegeton, supostamente escrito por Salomão (mas provavelmente compilado entre os séculos XVII e XVIII), descreve rituais detalhados, selos, e características de cada um dos 72 espíritos infernais, todos com diferentes poderes e propósitos.
Curiosamente, muitos desses demônios não são figuras malignas no sentido tradicional – alguns são considerados anjos caídos, outros, antigas divindades pagãs demonizadas pelo cristianismo.
Rituais da Goetia: o preço do conhecimento oculto
A prática da Goetia não é para os despreparados. Os rituais exigem círculos de proteção, selos sagrados, invocações em latim ou hebraico e, acima de tudo, uma vontade inabalável. Um erro pode significar desde possessões até loucura – ou assim dizem os relatos.
Alguns ocultistas, como Aleister Crowley, adaptaram a Goetia para sistemas mágicos modernos, como a Thelema. Crowley chegou a afirmar que os “demônios” eram, na verdade, aspectos da psique humana, uma visão que mescla psicologia junguiana e esoterismo.
A Goetia não é um brinquedo esotérico. As instruções dos grimórios deixam claro: a invocação desses espíritos exige preparação espiritual, purificação, conhecimento profundo e proteção mágica rigorosa. Ignorar esses aspectos pode resultar em:
- perda de controle espiritual
- perturbações mentais e emocionais
- presenças persistentes e obsessivas
- falsas revelações e manipulação espiritual
Muitos ocultistas relatam experiências perturbadoras com entidades que assumem formas enganosas, testam a força de vontade do magista ou exigem provas de fidelidade espiritual.
No entanto, como alerta o blog bandoleiro.com, aqueles que se aproximam com humildade, respeito e conhecimento podem acessar sabedorias perdidas, descobrir caminhos iniciáticos e até mesmo alcançar um domínio mais profundo sobre si mesmos.

Goetia na prática moderna
Hoje, a Goetia ainda atrai buscadores do oculto, sendo estudada por ordens esotéricas e praticantes solitários ao redor do mundo.
Autores como Aleister Crowley, Lon Milo DuQuette e Frater Achad reinterpretaram os espíritos da Goetia sob a ótica da psicologia profunda, associando-os a processos internos de autoconhecimento, sombra e despertar espiritual.
Sites como bandoleiro.com continuam a explorar e revelar os mistérios da Goetia, abrindo espaço para reflexões mais profundas sobre o poder da mente, os riscos do ego e as fronteiras entre o mundo visível e o invisível.
Curiosidades que poucos conhecem
- A Goetia e a Cabala: Alguns estudiosos vinculam os 72 espíritos aos 72 nomes de Deus na Cabala, sugerindo um equilíbrio entre forças divinas e infernais.
- Influência na cultura pop: Séries como “Supernatural” e jogos como “Persona” fazem referências diretas à Goetia.
- O demônio que virou santo: Marchosias, um espírito descrito como um lobo alado, tem similaridades com São Marcos em algumas tradições folclóricas.
- O papel do pentagrama na goetia: Embora muitos associem o pentagrama à bruxaria moderna, ele tem raízes profundas na goetia. Este símbolo é usado para proteger o praticante durante as invocações, atuando como um escudo contra energias negativas.
Curiosidade: alguns praticantes da goetia afirmam que os demônios invocados podem se manifestar de maneiras surpreendentes, como sensações físicas intensas ou visões vívidas.
Simbolismo oculto: cada selo demoníaco descrito na goetia é uma chave para acessar energias específicas. Esses símbolos funcionam como portais entre o mundo físico e o plano astral.
A magia proibida da goetia: 11 FAQs (Perguntas Frequentes)
Aqui estão 11 FAQs (Perguntas Frequentes) dessa prática ocultista:
1. O que é a Goetia?
A Goetia (do grego goēteia, “feitiçaria”) é uma parte do grimório “Lemegeton Clavicula Salomonis” (“A Chave Menor de Salomão”), que descreve 72 demônios supostamente controlados pelo rei Salomão. É um sistema de magia ritualística para invocar e comandar esses espíritos.
2. Quem foi o rei Salomão na Goetia?
Segundo a tradição, Salomão teria usado um anel mágico dado por Deus para subjugar demônios e obrigá-los a ajudar na construção do Templo de Jerusalém. A Goetia seria um registro desses métodos.
3. Os 72 demônios são malignos?
Depende da interpretação. Alguns os veem como entidades perigosas, outros como energias arquetípicas ou partes da psique. Na magia cerimonial, eles são ferramentas para conhecimento, poder ou transformação.
4. Como funcionam os rituais da Goetia?
Envolvem:
- Círculos de proteção (para evitar possessão).
- Símbolos e sigilos (para convocar o espírito).
- Invocações em hebraico/latim.
- Oferendas ou pactos (em alguns casos).
5. Qual o demônio mais poderoso da Goetia?
Não há registros confiáveis sobre isso. Alguns dos mais influentes:
- Belial (Rei, associado a poder terreno).
- Astaroth (Duque, revela segredos).
- Asmodeus (Rei, ligado à luxúria e vingança).
- Paimon (Rei, ensina artes e ciências).
6. Qual a diferença entre Goetia e Teurgia?
- Goetia: Trabalha com espíritos considerados “inferiores” ou demoníacos.
- Teurgia: Invoca entidades “superiores” (anjos, divindades) para elevação espiritual.
7. A Goetia é perigosa?
Segundo ocultistas como Aleister Crowley e Eliphas Levi, sim, se praticada sem:
- Preparação mental.
- Proteções adequadas.
- Intenção clara (pode atrair caos ou obsessão).
8. Qual a relação entre a Goetia e a Bíblia?
A Bíblia condena práticas de necromancia e invocação de espíritos (ex.: Deuteronômio 18:10-12). Porém, a lenda de Salomão como “mago” vem de textos apócrifos (como o Testamento de Salomão).
9. O que é um “pacto goético”?
Um acordo com um demônio, onde o invocador oferece algo (orações, sangue, símbolos) em troca de conhecimento, poder ou favores. Não necessariamente envolve “vender a alma” (isso é mais um mito popular).
10. A Goetia é usada hoje?
Sim, por:
- Ocultistas (seguidores de Crowley, magia do caos).
- Satanistas (como a Igreja de Satanás, de forma simbólica).
- Estudiosos de esoterismo.
11. Posso praticar Goetia sem riscos?
Não! Recomenda-se:
- Estudo prévio (livros como “Goetia do Dr. Rudd”).
- Meditação e disciplina.
- Evitar invocações sem orientação (comece com espíritos “menores”, como Buer ou Agares).
Livros Recomendados
- “A Chave Menor de Salomão” (tradução de S.L. MacGregor Mathers).
- “Goetia do Dr. Rudd” (Stephen Skinner & David Rankine).
- “Demônios da Goetia” (S. Connolly).
Curiosidade: a palavra “goetia” deriva do grego “goēteia”, que significa “feitiçaria” ou “encantamento”. Na antiguidade, era associada a práticas mágicas que envolviam comunicação com espíritos inferiores.
Simbolismo: cada demônio descrito na goetia possui características únicas – desde habilidades mágicas até atributos físicos específicos. Esses espíritos não são apenas figuras malévolas; eles também podem ser fontes de conhecimento, riqueza e transformação pessoal, quando adequadamente controlados.

Rituais inspirados na goetia: invocando os espíritos demoníacos
Ritual básico de invocação:
Se você deseja experimentar a goetia, comece com um ritual simples e seguro.
Passo 1: escolha um demônio específico com base em suas intenções (por exemplo, bael para invisibilidade ou paimon para conhecimento).
Passo 2: desenhe o selo do demônio em um pedaço de papel ou pergaminho.
Passo 3: acenda duas velas pretas e coloque o selo entre elas.
Passo 4: medite sobre o propósito da invocação, repetindo o nome do demônio em voz alta três vezes.
Cuidado: sempre use proteções mágicas, como círculos de sal ou cristais de obsidiana, para evitar interferências indesejadas.
Banho ritualístico de purificação:
Antes de realizar qualquer prática relacionada à goetia, purifique seu corpo e mente com um banho especial.
- Adicione ervas como arruda, alecrim e sálvia à água morna.
- Enquanto se banha, visualize todas as energias densas sendo removidas de seu campo áurico.

Conclusão: entre o sagrado e o profano
A goetia é muito mais do que um grimório de invocações demoníacas – ela é uma porta para o desconhecido, um reflexo das profundezas humanas e de nossas buscas incessantes por poder, conhecimento e transcendência.
Ao abraçar suas práticas, você não apenas expande sua compreensão do oculto, mas também descobre que o verdadeiro poder está em equilibrar luz e sombra dentro de si mesmo.
Mas aqui fica a pergunta: estamos realmente preparados para enfrentar as verdades reveladas pelos demônios da goetia? Ou preferimos permanecer na superfície, ignorando os mistérios que aguardam para serem desvendados?
Para continuar explorando o universo fascinante da goetia e outros temas místicos, visite o bandoleiro.com e descubra mais conteúdos reveladores sobre magia, esoterismo e misticismo.
Que os espíritos da goetia iluminem seu caminho enquanto você reflete sobre os mistérios que aguardam para serem desvendados.
Lembre-se: no mundo da magia, o verdadeiro poder não está nos demônios que você convoca, mas no conhecimento que você obtém. A chave está em suas mãos.